Cresceu em Salvaterra de Magos, terras ribatejanas. Teve uma infância de campo próximo do cultivo da terra e da criação de animais, atividades predominantes da região. Aprendeu a manusear alfaias agrícolas como forma de diversão e os tempos livres eram ocupados a transformar objetos que encontrava, como forma de responder às suas necessidades de se entreter. Inconscientemente desenvolveu um gosto pelos objetos e pela transformação dos mesmos, vindo a revelar-se mais tarde no seu percurso.

 

Até à adolescência fez natação e danças de salão, tendo maioritariamente praticado uma arte marcial, Shorinji Kempo. Esta prática influenciou o seu desenvolvimento pessoal, adquiriu competências físicas que utilizou mais tarde no seu percurso e absorveu valores que moldaram o seu crescimento individual.

 

Em 2015 entrou para a Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, onde frequentou o Curso de Interpretação e Animação Circense. Foi o primeiro contacto com o mundo artístico e onde desenvolveu as primeiras capacidades enquanto malabarista e equilibrista.  Finalizou o curso com a peça “Inóspito”, uma criação coletiva no âmbito prova de aptidão profissional. A peça refletia sobre a crise dos refugiados sírios, uma das várias crises presentes na altura, desenvolvendo a ideia de esforço físico e emocional exigido a estas pessoas, abordando também a temática do tráfico humano.

 

Em 2018 ingressou no Instituto Nacional de Artes do Circo, onde continuou a sua formação, frequentando o Curso Profissional de Artes do Circo. Especializou-se enquanto equilibrista na técnica de Rola-Bola. Terminou a formação com o exercício final, “Póstero”, um solo de equilíbrios sobre opressão.  A peça desenvolve-se na relação de um indivíduo com uma plataforma oscilante e explorava conceitos como resiliência e destruição.

 

Em 2020 entrou no mercado trabalho como freelancer. Desde então tem realizado vários trabalhos entre o novo circo e a dança contemporânea. Colaborou com diferentes diretores como, Bruno Machado, António Franco de Oliveira, Paulo Ribeiro, Hélder Seabra, Julieta Rodrigues, Cláudia Nóvoa, Madalena Victorino, Giacomo Scalisi,  Juliana Moura e Rui Paixão.

 

Atualmente, Pedro trabalha entre o Novo Circo e a Dança Contemporânea, procurando compreender a relação de fusão destas duas áreas. Além de trabalhar com outros criadores, Pedro interessa-se em desenvolver a linguagem de Novo Circo em Portugal, procura explorar o circo como uma forma de expressão além do virtuosismo técnico nele existente.